sábado, 6 de junho de 2009

Distância do povo de 'ZOI' puxado...

Essa eu não deixaria de postar nem por um decreto.

Não quero que pensem que isso se trata de um post preconceituoso para com os nossos queridos Orientais.
Eu nunca faria uma coisa dessas, pois como todos sabem, sou completamente contra a todo e qualquer tipo de preconceito.
Por isso peço que leiam até o final para que possam entender o por quê disso.


Estava, depois de um exaustivo dia de trabalho, indo ao encontro de meu querido tio(que por sinal iria me favorecer com o uso de seu precioso cartão para a compra do meu computadorzinho) quando percebi que estava muito adiantada em relação ao horário combinado (ansiosa como uma criança esperando pelo Papai Noel) e por isso resolvi parar com meu filho num lugar tranqüilo, onde nós pudéssemos sentar e esperar.
Como é praticamente impossível achar um lugar assim, a opção foi pararmos em um lugar pra comer. Não que eu estivesse com fome (SANTO CHÁ DE HIBISCO + ALGUNS SHAKES À BASE DE LINHAÇA... DEPOIS EU FALO DISSO), mas sentar em qualquer lugar sem consumir seria cara-de-pau demais e eu não consigo me prestar a certos papéis. (rsrs)


Pois bem, lá fomos nós, rumo ao destino planejado e entramos em uma dessas lanchonetes chinesas (ou japonesas, sei lá) afim de passarmos um tempo; óbvio que a essas alturas meu filho já estava completamente envolvido com a visão de todas aquelas massas, sucos e etc e eu estava mesmo precisando ir ao 'toilette' antes de sentar para aguardar.
Fui até o banheiro que ficava no fundo da loja e deixei meu filho em uma mesa com minha bolsa e sua mochila, e por isso não demorei, mas mesmo assim, quando eu voltei percebi que havia dado tempo para que as coisas que aparentemente estavam tranqüilas, mudassem.
Fiz sinal para meu filho, chamando-o para ir ao banheiro lavar as mãos e notei que ele estava com o olhar assustado, então acompanhei a direção dos olhos dele e então entendi o motivo: dentro da lanchonete estava agora um desses meninos de rua que sempre que podem entram escondidos nos bares pra tentar saciar a fome.

O fato é que esse menino, que pelos trejeitos, deixava claro sua opção sexual, não entrou escondido e mostrava que estava bem confiante no seu poder tanto de persuasão, quanto de intimidação, uma vez que o atendente parecia estar completamente invisível aos olhos dele.

O atendente, por sua vez, era um desses 'japinhas/chininhas' bem magrinhos, um tanto baixinho, com uma inocente e doce carinha de resfriado permanente. Olhos bem puxadinhos, cabelinho lisinho cortado no melhor estilo Oriental, sorrisinho infantil e um tanto esquisitinho no jeito de andar. Enfim, ele realmente não representava nada para o pobre menino que estava mais preocupado em tentar conseguir algo pra comer, ou até mesmo uns trocados; não importava.

De repente o atendente começou a fazer sinais, para que o menino saísse dali, a fim de que os clientes (que nem eram tantos) pudessem comer em paz, e foi aí que o sol se escondeu atrás das nuvens...

O menino se recusava a deixar o local, e nisso o atendente se viu obrigado a sair de trás do balcão pra tentar tirá-lo de lá o quanto antes.
O menino se revoltou e começou a gesticular e falar alto, todos os palavrões possíveis, junto com frases do tipo “Tira a mão de mim, Porra!”, ou ainda: “você tá pensando que é quem?, essas coisas... mas tentando com isso, intimidar o atendente, que andava tranqüilamente em direção a ele, sendo empurrado e xingado; quando de repente...

Baixou o JASPION no Japa...

Assim que ele notou que estavam fora da loja e não tinha como causar nenhum dano ou prejuízo aos clientes, o fogo desceu.
Foi uma seção de chutes, socos, cotoveladas e acho que até cabeçada, no moleque, que a essas alturas já tinha perdido toda e qualquer 'onda' de cola, ou do que quer que fosse.

Ele, que até então tentava intimidar, estava aos berros, gritando “ME LARGA”, “PARA”, “ME SOLTA”, “SOCORRO”...

Não deu... Eu precisei rir. HAHAHA!

Não gente, foi uma cena de filme; ou de comédia, ou do Jack Chan.
Aqueles filmes estilo: “VIM VINGAR A MORTE DO MEU IRMÃO!” Que eles fazem como ninguém.
Não sou adepta a violência, não é isso, mas, o menino de rua era muitoooo maior que o japa(china, sei lá), e ver aquele ser pequeno, magro, com cara de 'tadinho', dando pulos e só faltando gritar “Hiáááá”, foi realmente de matar...

O ponto do ônibus, que pela hora estava lotado, simplesmente parou. E todos com a mesma expressão de incredulidade e surpresa, olhando 'pro' o Oriental como se pensassem 'Não é possível'.
Foi preciso uns três homens (FORTES) pra tirar o moleque das mãos do 'NINJA JIRAYA'.

Tudo resolvido, fui para o balcão tentar comprar o lanche do meu filho, que agora tinha os olhos mais arregalados que uma coruja e andava na direção do banheiro, quando de repente olhei pra trás e quem estava lá? O moleque!
Tinha voltado, mas agora não estava sozinho. Tinha em sua companhia duas pedras estilo paralelepípedos, uma em cada mão, dizendo que agora o rapaz iria ver uma coisa, e então eu me dei conta que minha pessoa estava exatamente ENTRE O BRUCE LEE E O MOLEQUE.

Minha reação? Corri...

Corri muitoooo para o fundo da loja, gritando pro meu filho não sair do banheiro e me preparando pra me trancar lá com ele, caso o moleque resolvesse apedrejar o local. Eu é que não iria mesmo ficar na linha de fogo com meu filhote... mas, nem foi preciso.
O MESTRE YODA, saiu destemido de trás do balcão e foi na direção do moleque dizendo pra o mesmo jogar as pedras nele, então... Mas e cadê que o menino teve tempo?
Mais uma seção de chutes, socos e gritaria.

Agora, as mulheres que estavam no ônibus que se preparava pra sair, começaram a gritar, nervosas, com medo que o japinha/chininha acabasse preso, ou que os amigos do menino resolvessem se juntar a ele (o que eu duvido muito) e acabasse acontecendo algo pior.
Eu continuava lá, parada como estátua, no fundo da loja esperando tudo se acalmar, mas prestando a maior atenção nas coisas, porque, ao menor movimento estranho que ocorresse, eu me refugiaria no banheiro com minha cria.

Dessa vez, tudo se acalmou de verdade.

Veio uma boa alma e tratou de levar o menino pra longe dali, o TAKOSUACARANUMURU se recompôs e eu comprei o lanche... mas tratei de sair de lá o mais rápido que minhas pernas podiam andar.
Minha apreensão, era a que o moleque não se conformasse e voltasse em bando na tentativa de tirar o prejuízo, e eu não estava disposta a pagar pra ver, tanto por mim, como principalmente pelo meu filho.

Mas, isso tudo só aconteceu porque o moleque não segue os meus princípios.
Todos sabemos que o pessoal que come arroz papa com peixe cru, não bobeia, quando o assunto é um 'mano à mano'. Pra quê se meter com essa gente então, oras?
Se ele fizesse como eu, não teria tomado o 'preju' que tomou.

Estou fula da vida, aquele cara acabou de furar a fila...
Tem olhinhos puxados?
Ah, meu querido, fique à vontade, vixi? A fila é toda sua.
Ahhh, já vai? Que pena!
Volte sempre, foi um prazer ceder meu lugar à você...
Qualquer coisa, estamos às ordens.
O.o


Comigo é nessa linha.
Tem 'zói' puxado?
VADE RETRO!!!
hahahahaha
hahahahaha