Sem palavras...
Por mais que eu pense, escreva, edite, sei lá, por mais que eu fique aqui tentando, sei que não encontrarei as palavras certas que consigam expressar o quão maravilhosa foi a leitura de Negras Raízes...
Por mais que eu pense, escreva, edite, sei lá, por mais que eu fique aqui tentando, sei que não encontrarei as palavras certas que consigam expressar o quão maravilhosa foi a leitura de Negras Raízes...
Fica parecendo que nunca li antes, eu sei, mas não se trata disso.
É indiscutivelmente diferente quando nos deparamos com uma auto-biografia que relata de forma avoenga, coisas que muitas vezes nem paramos pra pensar, que dirá, visualizar, mas que direta ou indiretamente fazem parte do nosso passado e do passado dos nossos ancestrais.
Lendo esse livro, eu pude praticamente ‘visualizar’, sentir, experimentar, lastimar, e até mesmo odiar, uma série de fatos que eu não presenciei com o corpo, mas que durante a leitura eu de alguma forma estive lá...
Vivi a liberdade de Kunta-Kinte.
Com ele eu aprendi, ensinei, cacei, pesquei, me orgulhei, fui capturada, acorrentada, chicoteada, amordaçada, chorei, tentei fugas e mais fugas sem sucesso, me submeti (assim como ele, não completamente), amei, tive esperanças, perdi as mesmas, e senti correr em minhas vêias todo sangue negro que GRAÇAS A DEUS eu tenho e me orgulho por isso.
Só posso mais uma vez RECOMENDAR a quem por aqui passar, que leia esta obra, pois de fato, preto ou branco, de alguma forma, você também se sentirá ‘ligado’ à ela.
Muito feliz pela oportunidade de abrir novos conhecimentos sobre minha negritude.
‘É aí que os homens são irmãos’
Shakur!
°°°
Um dia, sentada no meu sofá
Viajei para outro mundo
Um mundo do lado de lá
Tão longe e tão diferente
Porém, bem lá no fundo
O luso estava presente
Que terra aquela, não sei!
Nunca mais a esquecerei.
Viajei para outro mundo
Um mundo do lado de lá
Tão longe e tão diferente
Porém, bem lá no fundo
O luso estava presente
Que terra aquela, não sei!
Nunca mais a esquecerei.
O sol, logo sai porque não,
Brilha tão profundamente
A mãe esperança, vontade, valente.
Brilha tão profundamente
A mãe esperança, vontade, valente.
Mas esperança, vontade, fé
Razão, quem a desmente?
Razão, quem a desmente?
Era o que tinham afinal.
Venham, todos de pé
Há que andar sempre em frente
Há que esquecer todo o mal.
Sabemos como se faz
Enfim, liberdade e paz.
Há que andar sempre em frente
Há que esquecer todo o mal.
Sabemos como se faz
Enfim, liberdade e paz.
(autor desconhecido)
Nenhum comentário:
Postar um comentário